Ser gato em três atos.

Balaio de gatos.
São meia dúzia pingados,
e listrados, e tigrados, e brazinos.
Garras afiadas a lixa e esmalte,
meias desfiadas (arranhões nas coxas).
Eu roxa... num banho felino.

Telhados pros gatos.
Eles sem as botas e eu de saltos,
nos muros, nas praças, nas latas de lixo.
No limiar do manhar só debalde,
serenatas noturnas (pra lua).
Eu nua... em pele de bicho.

Água fervida nos gatos.
daí o terror do escaldado,
fuga aos pulos, correria de bichanos.
Pêlos eriçados, um inimigo que late,
e finda-se a farra felina (a boemia).
Eu ria... de volta aos meus panos.

Luz


Saca a rolha?
bolha de sabão
folhas para o outono
colha meu chão
molha meu céu
tolha meu sono
olha teus olhos
vôlhe voar
golhe de réu
pôlha sem relhos
dôlha a quem doar...

língua que enrola a luz que atravessa a cor,
transparente embriaguez:
Vilho na garrafa.

ai dia seguinte, siga...

Tango

Se fue...

Mis pernas hablaban de mi
mis pies me picaban mis zapatos
mi cuerpo rogava por la música
mi alma bailó sola.

Se fue
me dejó.

Yo, Rosa Cabarcas
Yo, Damiana
Yo, Delgadina
Yo y García Marquez.
Nosotros y la Memoria de mis putas tristes.
Me quedé con ellos.

Pero fueron también
Cuando el sueño interrumpió el baile de mis ojos

Fui al baño
tomé los zapatos de mis pies,
y se fue con agua y jabón
los coloridos vestidos de mis ojos.

El silencio de la casa vacía
sacudió mi cuerpo desnudo,
Luego me fui a bailar el Tango
envuelta en mis sábanas.

la expresión de un deseo
y de un momento a solas.


El sexo es el consuelo que uno tiene cuando no le alcanza el amor.
Gabriel García Marquez

Apologia?

Quem mais troca analogia por apologia? Quem mais fica com a cabeça em Machado de Assis enquanto ela está a prêmio? Quem, quem, queeeem?????

Bem, já corrigi o título do post anterior que era pra ser "Analogia minha*" e a continuação para o texto "Um Apólogo" do dito cujo ceifador de cabeças (mestre nisso o tal De Assis).

E lá eu faço apologia a qualquer coisa?

Coleciono Prazeres

Cheiro de café passado às seis e meia da manhã(

Uma tarde inteira de chimarrão com a amiga pintando unhas e rindo de tudo

Os livros do García Márquez

Uma novela que te faz rir da futilidade e abstrair os focos de incêndio no país

- ei, a gente não precisa ser crítico o tempo inteiro, entreguesse ao herro e brinque -

Descobrir que a última aula que ia até às 22h nem vai começar... e tu tinha esquecido...

Ir pra casa se divertir na cozinha, e chorar de rir esfaqueando uma cebola

Ser neurótica com cores esquisitas e por isso devolver a carne escura no super,

mas o super já está fechado: "Adeus Strogonoff"... bem... que tal um Macarrón?

Jantar tal qual a Dama e o Vagabundo: sugando o último fio do espagueti até estralar os lábios em um beijo: sobremesa adiantada!

Sono às 23h... sonhos às madurgadas...

Os poemas de Vinícius de Moraes

Sentir saudades de coisas que foram lindas, poder lembrar
poder lembrar
querer lembrar

"Quantos anos ela tem?" "vinte e cinco" "Nossa, como é novinha!" - Duas vovós conversando?

"Tá põem um funck da nossa época aí!" ... só as cachorras, as preparadas, as popozudas... "a gente ficava até acabar... lembra?"

Dançar só vocês duas na sala piscando a lâmpada de 100 Watts para imitar uma boate

"Lembra daquela vez?" "Qual?" "TOOOOOODAS" lembrar, poder lembrar
Querer lembrar

"ai tu casada? vai ser um desastre!"
"eu sei, mas vá que ele seja tudo o que cada um foi um pouco?"

Uma música do Caetano... Elegia

Eleger, ser eleita... reino de paz

Conquistar, ser conquistada... todo dia... não, eu não faço tudo igual... vida aleatória a minha

) Meio dia e meia... cheiro de café requentado... humm... tão bom!

As folhas amarelas da memória


Vindos