sábado, 30 de outubro de 2010

Ser gato em três atos.

Balaio de gatos.
São meia dúzia pingados,
e listrados, e tigrados, e brazinos.
Garras afiadas a lixa e esmalte,
meias desfiadas (arranhões nas coxas).
Eu roxa... num banho felino.

Telhados pros gatos.
Eles sem as botas e eu de saltos,
nos muros, nas praças, nas latas de lixo.
No limiar do manhar só debalde,
serenatas noturnas (pra lua).
Eu nua... em pele de bicho.

Água fervida nos gatos.
daí o terror do escaldado,
fuga aos pulos, correria de bichanos.
Pêlos eriçados, um inimigo que late,
e finda-se a farra felina (a boemia).
Eu ria... de volta aos meus panos.

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