Ardem os olhos, a boca, o peito e os ouvidos;
ar dêem os ventos que entram pelas frestas
para que os poros respirem debaixo das cobertas
e sequem os suores frios e outros suores fluídos.
Sou como uma lebre à febre com dentes de sabre;
deixo meus láparos aos ácaros do pano que cobre
os delírios às pontas dos dedos, vejo seu timbre
em cada verso descomposto por olhos lúgubres.
Uma pilha de livros, três canecas babadas, luz fraca.
Preciso lê-los, preciso lavá-las, acender-me.
Pilha de nervos, três neurônios gritando, dor que mata .
Preciso de calma, preciso pensar, abrirolhos... ver...me.