Apologia?

Quem mais troca analogia por apologia? Quem mais fica com a cabeça em Machado de Assis enquanto ela está a prêmio? Quem, quem, queeeem?????

Bem, já corrigi o título do post anterior que era pra ser "Analogia minha*" e a continuação para o texto "Um Apólogo" do dito cujo ceifador de cabeças (mestre nisso o tal De Assis).

E lá eu faço apologia a qualquer coisa?

Coleciono Prazeres

Cheiro de café passado às seis e meia da manhã(

Uma tarde inteira de chimarrão com a amiga pintando unhas e rindo de tudo

Os livros do García Márquez

Uma novela que te faz rir da futilidade e abstrair os focos de incêndio no país

- ei, a gente não precisa ser crítico o tempo inteiro, entreguesse ao herro e brinque -

Descobrir que a última aula que ia até às 22h nem vai começar... e tu tinha esquecido...

Ir pra casa se divertir na cozinha, e chorar de rir esfaqueando uma cebola

Ser neurótica com cores esquisitas e por isso devolver a carne escura no super,

mas o super já está fechado: "Adeus Strogonoff"... bem... que tal um Macarrón?

Jantar tal qual a Dama e o Vagabundo: sugando o último fio do espagueti até estralar os lábios em um beijo: sobremesa adiantada!

Sono às 23h... sonhos às madurgadas...

Os poemas de Vinícius de Moraes

Sentir saudades de coisas que foram lindas, poder lembrar
poder lembrar
querer lembrar

"Quantos anos ela tem?" "vinte e cinco" "Nossa, como é novinha!" - Duas vovós conversando?

"Tá põem um funck da nossa época aí!" ... só as cachorras, as preparadas, as popozudas... "a gente ficava até acabar... lembra?"

Dançar só vocês duas na sala piscando a lâmpada de 100 Watts para imitar uma boate

"Lembra daquela vez?" "Qual?" "TOOOOOODAS" lembrar, poder lembrar
Querer lembrar

"ai tu casada? vai ser um desastre!"
"eu sei, mas vá que ele seja tudo o que cada um foi um pouco?"

Uma música do Caetano... Elegia

Eleger, ser eleita... reino de paz

Conquistar, ser conquistada... todo dia... não, eu não faço tudo igual... vida aleatória a minha

) Meio dia e meia... cheiro de café requentado... humm... tão bom!

As folhas amarelas da memória


Sinto muito




Eu devia ter esperado o encontro surpresa, mas ansiosa surpreendi o encontro que não era pra ser...


Me avisaram quando criança para não pôr a mão no fogão, ele estava quente, mas eu precisava sentir...

Me disseram que eu não deveria olhar diretamente para o sol, ele podia me cegar, mas eu queria muito vê-lo...

Me gritaram para parar de ouvir música no último volume, ela me ensurdeceria, mas eu queria dançar, cantar e não podia ouvir seus berros...

Me sopraram que alguns hálitos fedem, eles têm dentes podres, mas eu queria ouvir de perto suas histórias...

Me papearam sobre o ardor da pimenta, ela pode amortecer a língua e causar hemorróidas, mas eu precisava experimentar...

Me aconselharam a sempre ouvir os mais velhos, eles já passaram por muitas coisas, mas eu precisava viver a minha vida.

Tenho muito sãos meus olhos, ouvidos, nariz, boca e (...!)

Além do quê, aprendi a diferença entre
ser queimada pelo fogo ou pelo gelo,
ser aquecida de dentro pra fora ou de fora pra dentro...
o calor de lenha em chamas ou
o calor de pele, pêlos e palavras que chamam: "Vem!"

Ouço os mais velhos hoje mais do que ontem, mas como poderia ouvi-los sem afinar meus próprios sentidos? "Hein?"






Meia hora - Postagem Temática


Meio dia. E meio atrasada.

Meio dia e meia, atrasada.

Meio - dia e meio - atrasada!

Meio dia... e meio atrás da hora

Ora, atrás da meia, me ia a hora.

Meia hora atrasada!


Acabo de me inscrever neste
Blog de postagens temáticas

Febre

Ardem os olhos, a boca, o peito e os ouvidos;

ar dêem os ventos que entram pelas frestas

para que os poros respirem debaixo das cobertas

e sequem os suores frios e outros suores fluídos.


Sou como uma lebre à febre com dentes de sabre;

deixo meus láparos aos ácaros do pano que cobre

os delírios às pontas dos dedos, vejo seu timbre

em cada verso descomposto por olhos lúgubres.


Uma pilha de livros, três canecas babadas, luz fraca.

Preciso lê-los, preciso lavá-las, acender-me.

Pilha de nervos, três neurônios gritando, dor que mata .

Preciso de calma, preciso pensar, abrirolhos... ver...me.

MAIO

Maio Meio Moiado

A chuva num pára di chuvê
i us sapinho a coachá.
Chá bem quente, cubertas, TV?
Guarda-chuva, capa di chuva, galocha!

Já tá quaisi nu meio di maio
amuado, moiado... lá vai-se us dia,
maiado, muambo vô eu pru trabaio,
mai nem saí da cama eu quiria.

uví us pingo du mêis
qui móia u teiado iu otôno
cos pé quentinho... acordo, era sonho!

Vistido, bebo u café cos óio di sono
i já conformado, abro a porta risonho
num tem jeito... me vô duma vêis!


Eu sei: NÃO TEM MÉTRICA!!!
Eu sei: NÃO É SONETO!!!
Eu não sei: ESCREVER!!!

EU SEI BRINCAR,

CONFUNDINDO CLIMA E TEMPO...



Vindos